INTERLOCUÇÕES TEÓRICAS A PARTIR DO MANIFESTO DE APRESENTAÇÃO DA PRIMEIRA FEIRA PAULISTA DE OPINIÃO, DE AUGUSTO BOAL
DOI:
https://doi.org/10.59418/olhares.v10i1.207Palavras-chave:
Augusto Boal, Primeira Feira Paulista de Opinião, Teatro de Arena, 1968Resumo
O presente trabalho tem o objetivo de analisar o manifesto de Augusto Boal (1931–2009), Que pensa você da arte de esquerda? (1968), considerando as suas potentes interlocuções teóricas. O artigo confronta a perspectiva de Boal com a de outros dramaturgos representativos do Brasil de então: Dias Gomes, Oduvaldo Vianna Filho e José Celso Martinez Corrêa, artistas que também veicularam seus posicionamentos sobre arte e sociedade no contexto de tensões de 1968. Os resultados das análises evidenciam um processo de intensa reflexão sobre a arte e seu papel social em um tempo de censura ditada pelo governo civil e militar, bem como a insatisfação geral dos intelectuais supracitados com o modus operandi. Há, nos discursos deles, uma premência por mudanças na atuação da arte de resistência, o que passa pelo papel ativo da classe artística. Apesar do anseio comum, há divergências expressivas nos caminhos estético-políticos defendidos por eles, o que fomenta o diálogo e torna produtivo os impasses existentes.
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