Estuários
A tradição dos Orixás e os encontros de águas como metáforas para a buscadeum conhecimento transformador
DOI:
https://doi.org/10.59418/olhares.v9i1.190Palavras-chave:
estuários, feminismo negro, mitologia dos OrixásResumo
Em Estuários: A tradição dos Orixás e os encontros de águas como metáforas para a busca de um conhecimento transformador, a autora explora a convergência da mitologia afro-brasileira dos Orixás, perspectivas do pensamento feminista negro e noções decoloniais de conhecimento, desenvolvidas em seu projeto de pesquisa artística Estuários: perspectivas descoloniais, feministas e afro-diaspóricas sobre a performance. O texto baseia-se na rica herança cultural das tradições afro-brasileiras e na teoria crítica do feminismo negro para explorar um conceito transformador de conhecimento. Estuários, ambientes aquáticos onde um rio encontra outras correntes de água, ou o mar, aparecem no texto como uma metáfora poética para a junção de saberes que tentam compreender as complexidades da produção de conhecimento em meio a estruturas de poder coloniais, patriarcais e capitalistas. Por meio da mitologia dos Orixás, a autora ilumina as maneiras pelas quais as cosmologias afro-brasileiras oferecem estruturas epistemológicas que desafiam os paradigmas europatriarcais dominantes. Além disso, o artigo trata da teoria feminista negra, colocando em primeiro plano as experiências e perspectivas das mulheres negras, enfatizando sua agência, resistência e contribuições para a produção de conhecimento. O artigo almeja contribuir para as discussões em curso no contexto dos estudos decoloniais e da teoria feminista, oferecendo novos insights sobre as interseções de raça, gênero e conhecimento através das lentes da mitologia afro-brasileira dos Orixás e da metáfora dos estuários.
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