Dramaturgias do Futuro

Autores

  • Isabela Mota Faculdade Célia Helena

DOI:

https://doi.org/10.59418/olhares.v8i1.147

Palavras-chave:

Performance, Livre Brincar , Corpo, Arte Educação, Programa Curumim

Resumo

O presente artigo parte da pesquisa em processo “Dramaturgias do Brincar”, na qual foi realizada observação e registro regular dos dias de Livre Brincar de duas turmas de crianças participantes do Programa Curumim, no Sesc Interlagos, por uma educadora que integra a equipe socioeducativa dessa unidade do Sesc São Paulo. Durante a investigação, a pesquisa foi atravessada pela pandemia e seus desdobramentos ligados à necropolítica instaurada no Brasil hoje, esse fator interferiu no olhar destinado ao material. A relevância da liberdade dos corpos ao brincar tomou lugar de destaque, junto à relação de semelhanças entre o brincar e a performance, especialmente no que diz respeito à construção dos corpos e suas experiências. A proteção de corpos e, por consequência, dos saberes neles guardados é um movimento de resistência frente ao número de vidas perdidas nesse contexto. A preservação para o futuro de espaços que permitam esses corpos existirem coletivamente é essencial na reinvenção da sociedade que está por vir.

Biografia do Autor

Isabela Mota, Faculdade Célia Helena

É educadora, artista e pesquisadora. Formada em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), pós-graduada em Direção Teatral na Escola Superior de Artes Célia Helena (ESCH). Dirigiu o espetáculo A Ilha com a Cia. Baleias Grupo de Teatro e é autora da publicação independente Doradillos. Atualmente faz parte do quadro de educadores do Sesc Interlagos. Mestra em Artes da Cena pela ESCH com a pesquisa Dramaturgias do Brincar, sob orientação da Profa. Dra. Giuliana Simões.

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Publicado

22/12/2020

Como Citar

Mota, I. (2020). Dramaturgias do Futuro . Olhares, 8(1), 21–31. https://doi.org/10.59418/olhares.v8i1.147